Treze Avós Indígenas e uma missão: Curar o Mundo, recuperar o verdadeiro poder de Gaia
''Círculos de Mulheres podem ser vistos como um movimento evolucionário e revolucionário que está escondido por trás de uma imagem aparente: parece ser apenas um grupo de mulheres reunidas, mas cada mulher e cada Círculo está contribuindo para algo muito maior."
Treze Avós Indígenas e uma missão:
Curar o Mundo, recuperar o verdadeiro poder de Gaia
''Círculos de Mulheres podem ser vistos como um movimento evolucionário e revolucionário que está escondido por trás de uma imagem aparente: parece ser apenas um grupo de mulheres reunidas, mas cada mulher e cada Círculo está contribuindo para algo muito maior."
O Conselho existe há seis anos e começou com uma reunião que aconteceu em 2004, nos EUA. O primeiro contato das Treze Avós durou três dias. Juntas, fizeram mesas redondas para conversar sobre diversos assuntos: "Mãe terra, mãe água, natureza, paz, guerra, crianças, o futuro da humanidade, seus descendentes, e outros assuntos além do céu e da terra", contou Maria Alice.
Durante estes três dias de convivência, contaram com a ajuda de tradutores para se comunicar, e chegaram a uma conclusão: eram avós das quatro direções do planeta e apesar de falarem idiomas diferentes representavam uma só voz, com o objetivo de cuidar do mundo. "Choramos muito, rimos muito, cantamos e também dançamos", narrou Maria Alice.
Segundo a representante do grupo, depois deste primeiro contato, as treze avós não sabiam ao certo por onde começar sua missão, mas tinham a certeza de que não podiam mais de separar. A solução foi começar uma peregrinação para que se conhecessem melhor. Cada avó deveria visitar a terra das outras avós. "Só pararíamos quando esse ciclo se completasse", disse. E assim o trabalho vem sendo feito. Cada passeio dessa missão é muito importante para o grupo. Não existe preocupação em traçar uma meta, tudo depende dos encontros e desencontros da vida.
Na aldeia
A participação de Maria Alice na IV Aldeia Multiétnica aconteceu na manhã de domingo, 18. Antes de falar sobre seu trabalho com as Treze Avós, Maria fez uma oração e uma dança. O mesmo ritual que costuma fazer entre suas companheiras de peregrinação.
No auge de sua apresentação, Maria Alice falou da importância de se conviver bem com o meio ambiente. "A mãe natureza é única e essencial para nossa sobrevivência, portanto não pode morrer", lembrou. Enquanto estavam sendo projetadas imagens de um vídeo que narra a viagem das avós pelo mundo, ela explicou ao público presente detalhes dessa aventura.
Rituais e reuniões
Atualmente, as Avós conseguem se reunir duas vezes ao ano. Quando estão juntas, costumam fazer quatro rituais centrais ao longo do dia. Quando o sol está nascendo, ao meio-dia, quando o sol está se pondo e à meia-noite.
E de 21 á 24 Outubro de 2011 receberemos a visita das "GrandMothers" (ou Avós na nossa língua), com a proposta de reunirem expressões tradicionais de vários países, dentro de um mesmo país, o Brasil. Este encontro tem como objetivo promover o diálogo intercultural e inter-geracional, apoias a valorização dos conhecimentos tradicionais e o fortalecimento da paz planetária.
"Eu não sou uma pessoa de uma raiz só. Não sou uma índia, não sou uma negra, não sou uma branca. Sou uma brasileira, uma sul-americana e dentro do grupo represento o diálogo entre raças", explicou Maria Alice.
Conheça as Treze Avós e seus respectivos países:
Aama Bombo - Nepal
Margaret Behan - EUA
Rita Pitka Blumenstein - EUA
Julieta Casimiro - Mazatec - México
Maria Alice Campos Freire - Brasil
Flordemayo - Mayan - EUA
Tsering Dolma Gyaltong - Tibet
Clara Shinobu Iura - Brasil
Beatrice Long Visitor Holy Dance - EUA
Rita Long Visitor Holy Dance - EUA
Agnes Baker Pilgrim - EUA
Mona Polacca - EUA
Bernadette Rebienot - Gabon
Fonte: A Voz das Avós
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