11 de janeiro de 2012

Gaia Consciente: A Saga da Sacola


Não seja um ECOtário
Boicote Sacolas Retornáveis do Vietnã



Após aprovação da Lei que proíbe a distribuição de sacolas plásticas convencionais (derivada do petróleo) em estabelecimentos comerciais da cidade, vem a dúvida: o que fazer agora?  
A intenção foi abolir/reduzir o uso dessas sacolas que levam dezenas de anos para se decompor na natureza, poluem a cidade e podem até entupir bueiros, agravando o problema das enchentes. 


Além disso, pretende-se difundir o uso de sacolas oxibiodegradáveis, feitas de biopolímeros (derivados do milho, por exemplo) ou retornáveis.Parece uma questão simples, mas outros fatores devem ser levados em consideração para a adoção de qualquer uma dessas sacolas.

As sacolas oxibiodegradáveis recebem aditivos químicos que aceleram a sua degradação e exigem a presença de oxigênio para desencadear as reações de decomposição. 

Porém, em muitos aterros, as sacolas não ficam em contato direto com o oxigênio, retardando o processo. É importante lembrar também que uma decomposição mais rápida não livra o ambiente dos resíduos remanescentes.
As sacolas de biopolímero são, em teoria, as mais “ecologicamente corretas” por serem produzidas a partir de biomassa. 


Entretanto, sua fabricação, que envolve cultivo da matéria-prima, colheita, moagem, fermentação, tem custo elevado e consome grande quantidade de energia. Esta alternativa será sustentável quando a processo for feito utilizando formas de energia renovável. O custo da produção também é repassado ao consumidor final. 


Em Jundiaí, por exemplo, o preço de cada sacola é R$ 0,19.
As sacolas retornáveis seriam a melhor opção então? Aquelas que custam R$ 3,20 e dizem ser feitas de material 100% reciclado… Veja o vídeo abaixo e não seja um #verdeotário.





Aproximadamente 12 bilhões de sacolas plásticas são distribuídas todo ano no Brasil segundo estimativa da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). No mundo, a cifra pode se aproximar de 1 trilhão. Apesar das feições inocentes, são saquinhos que até podem ser reutilizados para fins como a acomodação de lixo doméstico, mas que, depois, se transformam em um dos materiais mais poluentes de rios e mananciais.
Tidas por muitas organizações como grandes vilãs do meio ambiente e estandartes da cultura de consumo irresponsável, elas já foram alvo de uma campanha do governo federal, lançado em 2009, que evitou o consumo de 5 bilhões de unidades. Para desestimular o uso, em países como a China e a Irlanda é preciso pagar pela sacola.

E, na esteira de lugares como a Itália, diversas cidades brasileiras já criaram leis proibindo o uso de sacolas. É o caso de Belo Horizonte, primeira capital a adotar a medida, em abril deste ano, e da capital paulista, onde elas estarão banidas a partir de de 1º de janeiro do ano que vem. Estados como Rio de Janeiro, Paraná e Espírito Santo também adotaram leis restritivas.

Consideradas polêmicas, as medidas dividem não só a opinião de consumidores como também de ambientalistas e setores da indústria. Para o vereador Gilberto Natalini, que assinou o texto da lei em São Paulo, a legislação, apesar de poder ser considerada impositiva, torna-se válida porque a fabricação e distribuição são feitas de maneira “incontrolável”. “É muito difícil fazer a educação de reuso de um objeto que é produzido de uma forma banalizada, absurda”. Já Miguel Bahiense, presidente da Plastivida (Instituto Sócio-Ambiental do Plástico), é contra as proibições, argumentando que a questão é complexa e envolve fatores como a má qualidade dos produtos, o consumo irresponsável e as deficiências na coleta seletiva. “A solução é a redução do desperdício associada à forma de coleta de resíduos”, afirma.


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