23 de dezembro de 2011

Gaia Consciente: Natal sem Carne


Natal sem Carne

Celebrando a vida, respeitando os animais 


As festas de fim de ano se aproximam e, mais uma vez, me lembro de um diálogo entre os animais do filme Babe, o porquinho atrapalhado (de Chris Noonam, 1995), que culmina com a frase: "Natal é carnificina!" De fato, se observarmos bem, verificaremos que muitas vezes identifica-se uma "boa mesa" pela quantidade de proteína animal que ela oferece. 


Quanto mais especial é uma ocasião, tanto maior tende a ser a quantidade de proteína animal em nossas
mesas, sobretudo carnes e pratos (tanto doces quanto salgados) atolados de creme de leite, uma opção que sequer condiz com a nossa condição climática pois, quando o Natal é celebrado, é verão aqui.

No caso específico do Natal é interessante pensar que essa festa de celebração de "paz e boa vontade" envolva tão pouca boa vontade para com os animais.

Diversas ONGs fazem campanhas a respeito do sofrimento dos animais que nos servem de alimento e nessa época, em especial, em favor dos perus que se tornaram um prato típico das festas de fim de ano. Esses pobres animais são criados em condições miseráveis e sofrem uma morte dolorosa para que possamos saborear sua carne, isto é, são obrigados a amargar uma existência de sofrimento unicamente para satisfazer um gosto dos seres humanos.

De resto, o Natal se tornou, em grande medida, uma festa do comércio, uma festa voltada para o consumo, quando deveria ser uma ocasião de compartilhamento e de compaixão. Com-paixão é o sentimento de quem sofre junto, de quem é capaz de se colocar no lugar do outro, de com-partilhar.

 A "pena" é um sentimento superficial que resulta de quem não tem capacidade de se colocar no lugar do outro, ou acha que não está sujeito ao mesmo tipo de experiência. Quando experimentamos o verdadeiro sentimento de compaixão não mais toleramos que os animais sejam vistos como meras fábricas de proteína. Seu sofrimento não se resume ao abate: muitos passam a vida toda confinados sem jamais tocar o solo ou sentir o calor do sol, são transportados para os matadouros sem água ou alimento, suportando temperaturas extremas. 
Há ainda "a separação entre mães e filhotes, a separação de rebanhos, as marcas com ferro em brasa, e outros sacrifícios que não levam em consideração os interesses dos animais", como bem destaca o filósofo Peter Singer. 

Serão os animais nossos companheiros de jornada na Terra, ou meros recursos para nos servir e atender os nossos desejos hedonistas? Assim, no que tange aos animais, devemos ter em mente que não somos mais caçadores-coletores e temos à nossa disposição uma ampla variedade de fontes de proteína que nos garantem uma alimentação balanceada.

Finalizo sugerindo três sites onde o leitor poderá encontrar receitas vegetarianas saborosas e nutritivas. O leitor poderá segui-las passo a passo, ou apenas encontrar inspiração para fazer sua própria criação. Muitas são as opções que vão desde as mais saudáveis e simples, como frutas (incluindo nozes, castanhas, etc); simples mas meio junk food como o Not-dog (cachorro quente com salsicha vegetal); até pratos sofisticados como "bobó sem camarão", "bacalhau sem bacalhau" (uma receita portuguesa com certeza! 
Visite www.animal.org.pt e delicie-se com este prato fantástico). 


As opções são infinitas. Aproveite, não deixe de baixar o livro de receitas veganas no site do portal Vista-se: www.vista-se.com.br/natal 




Boas Festas e lembre-se: 
procure ser vegetariano (de preferência vegano) o ano todo! 


Fonte: .Guia Vegano


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