7 de maio de 2012

Alerta Aquecimento Global: 5 Alimentos que podem sumir da sua mesa




Mudanças à vista – ou melhor, à mesa – espreitam nossos hábitos alimentares, dos mais cotidianos aos mais requintados. Confira seis alimentos que podem desaparecer nas próximas décadas devido à elevação da temperatura e de eventos climáticos extremos.


CHOCOLATE? SÓ A PREÇO DE OURO
Um estudo do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT, na sigla em espanhol), na Colômbia, sugere que este produto milenar, se não for "extinto", corre o risco de se tornar escasso em quatro décadas, tornando-se artigo de luxo com preço nada doce. 

A elevação de 2 a 3 graus Celsius na temperatura do planeta - o que segundo os cientistas, deve acontecer até 2050, se não forem mitigadas as emissões globais de CO2 - pode causar danos irreversíveis nas principais regiões de cultivo de cacau: Gana e Costa do Marfim, que juntos respondem por 2/3 da produção mundial do fruto. 

Encomendada pela fundação Bill & Melinda Gates, a pesquisa mostra que, para fugir do calor, os fazendeiros estão começando a cultivar cacau em maiores altitudes, porém bem mais frias e limitadas, o que exige tecnologias de plantio novas para garantir a adaptação. 

UÍSQUE

O maior produtor mundial de uísque, a Escócia, deverá sentir o impacto das mudanças climáticas na bebida que lhe rende não só fama mas receita vultosa - no ano passado, o país exportou cerca de 12 bilhões de reais em uísque. Há motivos para se preocupar. Estudo encomendado pelo governo escocês em 2011 levantou ricos potenciais associados ao aquecimento global e a bebida. 

Entre eles, o de que o suprimento e a qualidade de cereais, especialmente o malte, poderá sofrer, no futuro, com secas, enchentes em regiões produtoras costeiras e doenças na plantação. Temperaturas mais elevadas também poderão tornar menos eficiente o processo de produção e afetar a disponibilidade de água. Já nevascas intensas, muito frio e gelo tornarão mais constantes as interrupções operacionais e na cadeia de fornecimento. 

ARROZ

Cientistas descobriram que, ao longo dos últimos 25 anos, o rendimento das colheitas de arroz caiu entre 10% e 20% em alguns locais. Um estudo liderado por pesquisadores americanos com 227 propriedades rurais de seis importantes regiões produtoras, como Tailândia, Vietnã, Índia e China, relaciona a baixa no rendimento ao aumento das temperaturas ao longo da noite. 

A suspeita é de que as plantas de arroz estão gastando mais energia para respirar em noites quentes, o que afeta a capacidade de realizar fotossíntese. Nas Filipinas, por exemplo, um estudo de 2004 apontou que o rendimento das plantações caía 10% a cada aumento de 1° C na temperatura no período noturno. 

VINHO BORDEAUX

O aquecimento global também mostra com força suas garras em Bordeaux, na França, uma das regiões produtoras de vinhos de excelência mais antigas do mundo. Considerando o cenário mais pessimista, especialistas acreditam que as mudanças climáticas podem tornar a região inadequada para a atividade já em 2050. 

O impacto no setor preocupa: atualmente, os vinhos de Bordeaux respondem por um terço da produção total da bebida na França. Atentos à ameaça, muitos produtores estão optando por uvas geneticamente modificadas, mais resistentes à mudança de temperaturas, desde que se trate de uma diferença modesta. 


BORRA DE CAFÉ

Nem o celebrado cafezinho escapou. Nos últimos anos, a produção de alguns dos melhores grãos vem apresentando queda na Colômbia e em outras regiões produtoras da América Latina. Para crescer sãs e fortes, as plantações de café precisam de condições adequadas de temperatura, além de dias secos e chuvosos na medida. 

As mudanças bruscas no clima prejudicam, em muito, a colheita de bons grãos para a produção. Enquanto as chuvas fortes danificam as flores, o calor intenso torna propícia a proliferação de fungos danosos ao cultivo. Um estudo da Embrapa prevê que, se nada for feito para reduzir os efeitos do aquecimento global na agricultura, a produção de café no Brasil pode ter queda de 92% até o ano de 2100.



Fonte: Planeta Sustentavel

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